terça-feira, 8 de abril de 2014

Populares entram em confronto com a Polícia Militar no bairro Padre Ulrico

Populares entram em confronto com a Polícia Militar no bairro Padre Ulrico

 
Publicado em: 08/04/2014 - 08:34 | Atualizado em: 08/04/2014 - 08:35
Moradores tentaram agredir policiais militares na noite de sábado, 5, na Rua das Pombas, no bairro Padre Ulrico, em Francisco Beltrão. Os policiais foram chamados, por volta das 20h, para atender uma ocorrência de disparos de arma de fogo. Quando chegaram ao local, não notaram nada de errado. Alguns minutos depois, momento em que retornavam, ouviram vários disparos provenientes da Rua daas Pombas.
Ao abordar uma das moradias para averiguar a ocorrência, os policiais foram desacatados e deram voz de prisão a dois homens, que resistiram com socos e chutes até serem dominados e algemados. Quando eram conduzidos à viatura, algumas pessoas, não identificadas, tentaram resgatar os detidos, sendo necessário o uso de tonfa (cacetete) para conter o resgate. Durante a prisão foi apreendido um simulacro de arma de fogo que estava na casa.
O capitão Rogério Pitz, subcomandante do 21º BPM, disse que um dos homens usou uma criança de 12 anos como escudo.
Ao perceber a ação da polícia, um grupo de pessoas, de posse de pedras e paus, se aglomerou e começou a jogar pedras contra os policiais e contra os carros da PM. Duas viaturas e dois policiais foram atingidos. O oficial conta que a equipe era composta por cinco PMs e, de fato, houve luta e uso da tonfa para controlar a situação.
O Capitão Pitz disse que foi necessário efetuar disparos de arma de fogo para dispersar os moradores. De acordo com ele, a polícia está fazendo um levantamento e tem informações de que os tiros são resultado de uma disputa por ponto de tráfico de drogas. “A polícia não vai recuar, estamos lá para garantir a ordem e segurança das pessoas de bem e assim continuaremos nosso trabalho”, frisa.
Ele salienta que é a segunda vez que a PM vai à Rua das Pombas para atender ocorrências desta natureza. No dia 31 de março, à noite, a polícia recebeu denúncia de disparos de arma de fogo e foi até o bairro. Ao chegar, avistou um homem que começou a correr quando viu o carro da PM. “Ele entrou numa casa e se trancou. Os policiais tiveram que arrombar para prendê-lo. Logo em seguida, chegou a dona da casa, alegando que o rapaz era seu irmão, e começou a desacatar os policiais. Depois ela veio até o Batalhão, onde foi possível conversar e explicar a situação. A polícia não sabia se o sujeito estava armado ou não. Se tivesse obedecido a voz de abordagem na rua, não teria ocorrido o dano na casa.”
Pitz explica que a PM só entra em moradias se estiver atendendo uma situação de flagrante.

Morador rebate versão da PM
O morador Marcos Adriano entrou em contato com o repórter Evandro Artuzi, da Rádio Onda Sul, na manhã de ontem, 7, para rebater algumas informações que foram divulgadas pela PM. Segundo ele, quem estava dando tiros não era morador da rua. “A polícia entrou, a primeira vez não encontrou nada, saíram de lá. Daí uns caras de uma rua de cima atiraram novamente na nossa rua. Eles entraram na casa sem autorização judicial. Isso se chama invasão de domicílio. Machucaram uma menina de 12 anos. Hoje (ontem), a mãe dela vai fazer o exame de corpo delito, porque os policias machucaram a menina, prenderam o dono da casa e um que estava junto com ele, sem saber de nada, sem ter a certeza que foi ele, porque se fossem realmente os culpados eles tinham achado alguma coisa com eles e estavam presos até hoje”, desabafou.
Marcos diz que a população da Rua das Pombas está revoltada porque é a segunda vez que a polícia invade uma casa. “Já tinham arrombado uma casa, estouraram porta, quebraram coisas da senhora. Um soldado, não todos, abusou de autoridade, começou a falar que na rua não tinha homem, agrediu um vizinho da frente com uma paulada na perna e no pescoço, usando o cacetete, quebrou um dente e trincou o maxilar”, reclamou. Ele afirma que quem dá os tiros é de fora, não da rua. “Passam por ali e acabam atirando. Quando começa acontecer isso, a gente fica dentro de casa, porque tem criança pequena. Se você denuncia ou você tem a polícia 24 horas na porta da tua casa ou os caras vêm pra me agredir e minha família.”
fonte :jornal de beltrao

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